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O que é Open Finance? Qual seu impacto no mercado brasileiro?

O Open Finance é uma iniciativa do Banco Central que permite que consumidores e pessoas jurídicas compartilhem dados e histórico de operações. Conheça.

O que é Open Finance? Qual seu impacto no mercado brasileiro?

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O Open Finance é uma iniciativa do Banco Central que permite que consumidores e pessoas jurídicas compartilhem dados e histórico de operações. Conheça.

 

O Open Finance é uma iniciativa do Banco Central do Brasil (BCB) que permite que consumidores e pessoas jurídicas compartilhem seus dados e histórico de operações financeiras com diversas instituições financeiras, inclusive aquelas sem vínculo prévio de relacionamento. No Open Finance, esse compartilhamento se dá de forma segura e padronizada, via APIs, sempre com o consentimento desses consumidores e pessoas jurídicas.

 

O Open Finance cria um ecossistema financeiro aberto para que os clientes possam compartilhar seus dados financeiros entre instituições financeiras participantes, e assim, esses mesmos clientes, têm a oportunidade de conhecer ofertas distintas, e por meio de um ambiente mais competitivo, escolher as ofertas que melhor se adequam às suas necessidades.

Open Finance x Open Banking

O Open Finance nasceu como Open Banking, mas em maio de 2021 o BCB anunciou que o programa abarcaria um leque mais amplo de produtos financeiros, incluindo seguros, produtos de previdência, mercado de capitais e câmbio. Desta forma, a oferta de serviços financeiros ficou mais completa, favorecendo a concorrência e o espectro de opções que os consumidores podem considerar antes de contratar um serviço financeiro.

 

No modelo de Open Finance, um cliente que está acostumado a pedir empréstimos em uma determinada instituição financeira, pode compartilhar dados cadastrais e transacionais para que outras instituições possam oferecer produtos de crédito de forma personalizada e assertiva.

Com menos de cinco anos de existência, o Open Finance no Brasil já pode ser considerado um ecossistema maduro e consolidado. São cerca de 100 milhões de consentimentos ativos, mais de 65 milhões de usuários únicos e impressionantes 4 bilhões de chamadas de APIs por semana, números que demonstram a rápida adoção da tecnologia pelo mercado financeiro e pelos consumidores.

 

Além do compartilhamento seguro de dados, o modelo já avança para a iniciação de pagamentos, ampliando possibilidades de inovação, competição e inclusão financeira. Instituições que não se adaptarem a essa transformação correm o risco de ficar em desvantagem competitiva diante de um sistema mais aberto, integrado e centrado no usuário.

 

Segundo Ana Carla Abrão, CEO Open Finance Brasil, os testes da nova jornada de portabilidade de crédito começam ainda em 2025, com o lançamento oficial previsto para o início de 2026. O grande objetivo é tornar o processo simples e transparente para o consumidor, permitindo que ele compreenda cada etapa e tome decisões informadas.

 

Um ponto importante é garantir espaço para contrapropostas por parte do banco de origem, algo que pode beneficiar o cliente com melhores condições, mas sem permitir que essa etapa seja usada como barreira para dificultar ou atrasar a portabilidade.

 

A implementação começará pelo crédito pessoal e, em seguida, será ampliada para o crédito consignado federal.

 

O papel da tecnologia na iniciativa

O Open Finance faz uso de tecnologias avançadas, como APIs padronizadas, para integrar dados e serviços de diferentes players financeiros, facilitando a troca de informações de forma segura e célere. A mesma tecnologia que permite a facilidade dessa troca, é compatível com a legislação de LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) e com as normas e os mecanismos de consentimento previstos pelo BCB.


Esse ecossistema que facilita a integração de dados entre instituições, favorece modelos de negócios como embedded finance. Instituições financeiras podem atuar de forma cooperativa para fazer ofertas para um determinado cliente. Por exemplo, uma fintech focada em produtos de crédito se associa a uma seguradora e, a partir da integração de dados entre as empresas, via API, poderá oferecer seguros aderentes ao perfil dos seus clientes via uma jornada fluida e digital.

Como a regulação favorece a competição no mercado financeiro

A evolução da regulação é um claro elemento que impulsiona o Open Finance e a competição no sistema financeiro brasileiro. Há vinte anos atrás, eram raros os novos entrantes neste mercado. Com o passar do tempo, o BCB deu início a ajustes regulatórios na direção de fomentar a concorrência, criando diferentes mecanismos para, de fato, abarcar novos players, sobretudo as instituições de pagamento.

 

A realidade mudou há pouco mais de 10 anos com a regulamentação da indústria financeira promovida pelo BCB via a aprovação da Lei Federal nº 12.865/2013, que criou a figura das instituições de pagamento, possibilitando que dezenas de empresas entrassem nesse mercado. Trata-se de um marco para o segmento de fintechs que passaram a oferecer serviços de compra, venda e movimentação de recursos voltados para pagamentos. Esses players são fundamentais para garantir maior concorrência no sistema financeiro, paulatinamente os novos entrantes desenvolveram um amplo portfólio de produtos amparados pelo Open Finance.


O Open Finance teve início em fevereiro de 2021. Atualmente, ele está na Fase 4 direcionada à ampliação e diversificação dos dados e serviços disponíveis para compartilhamento. O intuito é disponibilizar aos consumidores uma gama mais ampla de produtos financeiros integrados e personalizados, incluindo os  seguros.

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Impacto na oferta via novos players e Open Finance

Consumidores, pessoa física e jurídica, sobretudo após o marco regulatório de 2013, foram beneficiados pelo ingresso de fintechs no mercado. Via produtos direcionados a melhorar a experiência desses clientes e uma precificação mais atrativa, as fintechs foram ganhando espaço e aumentado sua oferta de serviços, sobretudo na arena digital.

 

Com a ascensão dessas organizações que combinam um uso mais intensivo de tecnologia e dados para oferecer produtos mais atraentes, o Open Finance promove maior concorrência não somente entre bancos, passando a incluir fintechs dos mais diversos setores, e até empresas do varejo e outros setores que ofertam produtos financeiros via parcerias no modelo embedded finance.

Como o Modelo de Embedded Finance se Beneficia do Open Finance

O Embedded Finance, podendo ser traduzido como “finanças embutidas”, refere-se à integração de serviços financeiros na jornada de compra ou experiência de uso de produtos e serviços de instituições financeiras e não financeiras. Com o advento do Open Finance, esse modelo é fortalecido via:

 

 

– Acesso a Dados Comportamentais: Empresas que atuam com embedded finance podem acessar informações detalhadas, como histórico de crédito e comportamento de consumo.

 

– Customização de Produtos: a partir dos dados disponíveis via Open Finance, é possível personalizar serviços diretamente integrados à experiência do cliente.

 

– Integração Ágil: As APIs padronizadas do Open Finance facilitam a integração com empresas de diferentes setores, serviços financeiros são oferecidos de forma mais ágil.

 

– Desenvolvimento de Ecossistemas: Empresas que adotam embedded finance tornam-se hubs de ecossistemas financeiros, agregando valor para os clientes e gerando novas receitas.

 

– Expansão de Mercado e Inclusão Financeira: Com o Open Finance, as oportunidades de incluir serviços financeiros no cotidiano dos consumidores se ampliam, desde pagamentos até seguros ou financiamento, aumentando a penetração desses serviços na sociedade brasileira.

 

Open Insurance se soma ao Open Finance

É o modelo que permite ao consumidor autorizar o compartilhamento de seus dados e serviços de seguros, previdência complementar aberta e capitalização entre empresas autorizadas pela Susep, de forma segura, padronizada e conveniente.

 

O Open Insurance atua como um grande orquestrador de troca de informações das instituições participantes, operacionalizando e padronizando o compartilhamento de dados e serviços por meio de abertura e integração de sistemas, com privacidade e segurança. 

 

Entre os benefícios e soluções possíveis relacionados ao Open Insurance, podemos elencar três vertentes:

 

Comparadores e marketplaces

Favorece a criação de aplicativos e proposta de valor de players já existentes que reúnem, em um único local, produtos de diversas seguradoras, permitindo que os consumidores façam escolhas mais conscientes. Caso desejem, poderão ainda usar seus próprios dados para receber recomendações de produtos mais alinhados ao seu perfil.

 

Aplicativos e soluções focadas em inovação e conveniência

Novas soluções surgirão para atender às necessidades dos consumidores, como a agregação de informações financeiras mantidas em diferentes instituições, Os produtos terão um grau maior de personalização, potencializando a comercialização de seguros, previdência complementar e capitalização.

 

Serviços digitais para seguros e previdência

Processos como aviso de sinistro, portabilidade de previdência e outros serviços relacionados poderão ser realizados de maneira mais simples, ágil e totalmente digital. O modelo de embeddded insurance deve se beneficiar da maior integração entre empresas financeiras e não financeiras que o Open Insurance incentivará.

 

Interoperabilidade entre Open Finance e Open Insurance

 

Os órgãos reguladores do sistema financeiro e de seguros — Conselho Monetário Nacional (CMN) e Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) — publicaram a Resolução Conjunta nº 5/2022, que estabelece as regras de interoperabilidade no Open Finance.

 

Com essa medida, os clientes passam a poder compartilhar seus dados de forma mais ampla entre diferentes ecossistemas, permitindo integração entre Open Finance e Open Insurance. Assim, informações podem circular com segurança entre bancos, instituições de pagamento, cooperativas de crédito, seguradoras, entidades de previdência complementar aberta, sociedades de capitalização e outras instituições autorizadas pelo Banco Central e pela Susep.

Na 180 Seguros estamos entusiasmados com o contexto do Open Finance e as possibilidades de aplicar nossa expertise em customização de jornadas de aquisição de seguros. Por meio de parceiros propensos a atuar no modelo de embedded insurance, podemos oferecer seguros dentro do contexto dos clientes, por exemplo, no processo de contratação de crédito, de um produto residencial etc.

Esperamos que o Open Insurance ofereça tantas oportunidades quanto o que nos trouxe o Open Finance e que todas as empresas que apresentarem ofertas de serviços de fintechs também possam agregar soluções de seguros. No futuro, todas as empresas serão insurtechs!

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